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O Penúltimo Perigo
O Penúltimo Perigo
Informações do livro
Série

Desventuras em Série

Autor

Lemony Snicket

Ilustrador

Brett Helquist

Tradutor

Ricardo Gouveia

Editora

Companhia das Letras

Lançamento

22/05/2006

Páginas

320

ISBN

9788535908268

.

O Penúltimo Perigo é o duodécimo livro da série Desventuras em Série, escrito por Lemony Snicket.

Sinopse[]

O décimo segundo livro começa com os órfãos Baudelaire, Violet, Klaus e Sunny, dentro de um táxi sendo conduzido por Kit Snicket. Ela os leva através da Cidade Principal até o Hotel Desenlace. Os irmãos percebem que ela está grávida. Quando chegam ao hotel, os Baudelaire ficam confusos, pensando que ele é um reflexo na lagoa. Na verdade, o hotel havia sido projetado de modo que parecesse perfeitamente normal no reflexo. Kit lhes serve um piquenique e lhes dá os uniformes de concierges, para eles serem como "espiões" no hotel. Ela diz para os irmãos mandarem um sinal pelo céu se a reunião dos voluntários de C.S.C. na quinta-feira fosse cancelada. Ela também conta que Quigley Quagmire, de quem Violet gosta muito, partiu para o mar em busca de seus irmãos Duncan e Isadora, que estavam junto com Hector na Casa móvel auto-sustentável a ar quente. Kit lhes aconselha a tomar cuidado com Ernest, um dos gerentes do hotel, mas que seriam bem-atendidos por Frank, o outro gerente e irmão gêmeo idêntico de Ernest.

Após Kit ir embora, os Baudelaire põem seus uniformes e entram no hotel. O hotel inteiro foi concebido como uma biblioteca gigante, com salas catalogadas pelo Sistema de Classificação Decimal Dewey. Os Baudelaire são esperados para servirem e ajudarem os hóspedes do hotel. Eles são recebidos por um dos gêmeos, que diz que ser concierge é uma ótima oportunidade de espionar. Três sinetas tocam simultaneamente: uma do quarto 371, outra do 674 e a última era do salão de bronzeamento.

Violet vai até o salão de bronzeamento na cobertura do hotel, onde encontra Esmé Squalor, Geraldine Julienne e Carmelita Spats. Carmelita tem um grande barco de verdade no terraço, que foi lhe presenteado por Esmé. Violet ouve Esmé e a repórter Geraldine conversando sobre um coquetel. Carmelita pede para que Violet lhe traga um lançador de arpões. Enquanto Violet está procurando a arma, Frank ou Ernest aparece e lhe entrega o lançador de arpões, e pergunta se ela é quem ele pensa que é. Violet responde que ela é uma concierge. Ela vai até a cobertura e dá a arma à Carmelita, então retorna para o saguão.

Klaus vai ao quarto 674, onde reencontra Senhor e Charles, que ele conhecia da época em que trabalhou na Serraria Alto-Astral. Senhor pede para Klaus os levar até a sauna do hotel, que ficava no mesmo corredor. Klaus, em vez de fechar a porta, fica ouvindo a conversa de Senhor e Charles, que falam em alguém com as iniciais J.S. Quando Klaus está quase ouvindo algo em relação a seus pais, Frank ou Ernest interrompe e o manda pendurar um pegajoso papel pega-pássaro do lado de fora da janela da sauna, a fim de capturar algum pássaro que cairá. Frank ou Ernest faz a mesma pergunta que Frank ou Ernest fez para Violet, e obtém a mesma resposta. Klaus retorna ao saguão do hotel.

Sunny vai ao quarto 371, onde reencontra o vice-diretor Nero, a sra. Bass e o sr. Remora. No quarto estão alguns sacos de dinheiro, e a sra. Bass se revela uma assaltante, que roubou a Administração de Multas, banco onde trabalha o sr. Poe. Eles pedem para serem levador ao restaurante indiano que fica no nono andar. Sunny vê que o restaurante é comandado pelo idoso Hal. Ao que Nero manda Sunny buscar um guardanapo, ela flagra uma conversa entre Hal com Frank ou Ernest. Frank ou Ernest manda que Sunny implante um Cerramento Supravernacular Complexo na porta da lavanderia do subsolo. A lavanderia tinha um orifício através do qual algo poderia cair e, se o bloqueio estivesse na porta, esse algo estaria protegido. Frank ou Ernest faz para Sunny a mesma pergunta que Frank ou Ernest fez para Violet, também a mesma que Frank ou Ernest fez para Klaus, e a resposta é a mesma. Sunny retorna ao saguão.

Os Baudelaire se reúnem no saguão após um longo dia e tentam unir as suas histórias, mas ficam se perguntando como é que os dois gerentes poderiam estar em três lugares ao mesmo tempo. Finalmente, Klaus conclui que um corvo vai trazer o açucareiro para o hotel, seria atingido pelo arpão, cairia sobre o papel pega-pássaros, e finalmente ficaria depositado na abertura da lavanderia. De repente, eles veem um homem descendo por uma corda pelo teto do hotel. Eles pensam que é Frank ou Ernest, mas ele se revela sendo Dewey Dénouement, o terceiro irmão, explicando como três diferentes homens idênticos conversaram com os Baudelaire ao mesmo tempo. Dewey mostra-se amistosos e lhes conta que há um livro do hotel no fundo da lagoa, contendo um catálogo com todos os segredos de C.S.C., que ele passou toda a sua vida coletando. Em seguida, Juíza Strauss e Jerome Squalor, que acreditavam que eram J.S., chegam de táxi. Juíza Strauss diz que ficou pesquisando sobre eles todo esse tempo, e Jerome, que também se sentiu mal sobre como ele tratava os órfãos, escreveu um livro sobre a injustiça na vida deles. A juíza explica que os ministros da Corte Suprema estão vindo para colocar o conde Olaf e as outras pessoas do mal de C.S.C. em julgamento e assim, na quinta-feira, todas as pessoas nobres chegarão.

Quando eles retornam ao hotel, encontram o conde Olaf, Esmé, Carmelita, e Hugo, Colette e Kevin, as três aberrações que se juntaram à Olaf em O Espetáculo Carnívoro. Olaf sugere que os pais dos próprios Baudelaire não eram nobres, e que tinham algo a ver com uma caixa de dardos envenenados. Dewey conta para Olaf sobre o catálogo que ele fez, o que leva Esmé a comentar que ele já deve saber o que está dentro do açucareiro, e por isso sabe como ele é importante. Conde Olaf pega o lançador de arpões de Carmelita e ameaça Dewey. Os Baudelaire o protegem e Olaf diz que vai contar até dez e atirar, no entanto, ele é interrompido pela tosse do sr. Poe, que vem de seu quarto para ver o que está acontecendo. Olaf rapidamente joga a arma nas mãos dos Baudelaire, e eles acidentalmente a deixam cair no chão. Um arpão é lançado com o baque, e atinge Dewey, causando um ferimento fatal. Dewey anda, trôpego, até a lagoa do hotel e afunda no lago, após mencionar aos Baudelaire alguma coisa sobre Kit Snicket.

O motorista do táxi que trouxe a Juíza Strauss e Jerome Squalor - um homem enigmático fumando um cigarro - chega perto e fala com os Baudelaire, sem explica se é um voluntário ou um vilão, e os induz a partirem com ele, dizendo que eles não poderão deixar a cena do crime. Como todo o hotel é despertado, os Baudelaire caminham de volta para o hotel, e o motorista de táxi vai embora. Neste ponto, o autor sugere que o motorista tinha o açucareiro no banco do passageiro do táxi. Muitos dos hóspedes no hotel se acordam, e uma grande confusão se segue. Juíza Strauss lhes diz que eles vão ser acusados legalmente, e os Baudelaire ficam trancados em um quarto, o conde Olaf em outro.

Ao acordar, os Baudelaire recebem um chá para tomar e vão a seu julgamento. Devido a uma leitura literal da frase "a justiça é cega", todos, exceto os juízes, estão de olhos vendados por uma venda preta. O julgamento começa e Olaf fala um breve discurso onde ele afirma sua inocência. Os Baudelaire, no entanto, estão começando a questionar a sua própria nobreza e moralidade e, assim, respondem que são "relativamente inocentes". Quando param de discursar, os Baudelaire não conseguem entender o que a Juíza Strauss está dizend. Os Baudelaire ficam desconfiados e removem suas vendas, descobrindo que os outros dois juízes são o homem com barba mas sem cabelo e a mulher com cabelo mas sem barba, que têm trabalhado em parceria com Olaf. Os dois e Olaf estão fugindo com a Juíza Strauss amordaçada e os Baudelaire os perseguem até o elevador, pedindo a todos os outros que tirem as vendas dos olhos, mas eles não o fazem.

Percebendo que eles precisam seguir Olaf, tanto para impedi-lo e também porque existem autoridades na porta do hotel, os Baudelaire vão com ele e a Juíza Strauss no elevador. Eles vão primeiro para a lavanderia, acreditando que o açucareiro possa estar lá dentro. Eles conseguem decifrar o Cerramento Supravernacular Complexo usando três pistas - um indício literário, uma alergia compartilhada pelos Baudelaire, e uma pista sobre sua própria família: Olaf revela que dardos envenenados foram a arma que o deixaram órfão, o que sugere o envolvimento dos Baudelaire pais no assassinato. O açucareiro não está dentro, no entanto. Irritado, Olaf declara que vai ir até o terraço para obter o Mycelium Medusóide, que espalhará pelo hotel para matar todos, então fugiria usando o barco de Carmelita. Violet, mesmo percebendo que o plano de Olaf é ridiculamente tolo, concorda em ajudar. Klaus surpreende-se com a irmã dizendo isso, mas Violet sabe que a única maneira de sair viva é indo junto com o vilão. Sunny abruptamente sugere incendiar o Hotel Desenlace, e Olaf concorda, orgulhoso. Olaf começa a atear fogo na lavanderia, com a ajuda dos três irmãos, que deixam a Juíza Strauss incrédula.

O quinteto, então, vai até o elevador para subir até a cobertura. Enquanto o elevador sobe, os Baudelaire usam um truque que seus pais os ensinaram: pressionar todos os botões, que o elevador irá parar em todos os andares. Isto dá à eles e à Juíza Strauss a oportunidade de tentar avisar todos os hóspedes de que estava havendo um incêndio. No entanto, todos os hóspedes ainda estão com os olhos vendados por causa do julgamento e Olaf grita que o aviso de incêndio é falso. A narrativa do autor não revela quais os hóspedes acreditaram nos Baudelaire e quais acreditaram no conde, mas é provável que muitos deles morreram no fogo.

No salão de bronzeamento da cobertura, Klaus revela que o açucareiro caiu na lagoa e não na lavanderia. Neste ponto, Violet deduz que Sunny sugeriu o incêndio do hotel como uma maneira de mandar um sinal para as pessoas nobres como Kit, Hector e os Quagmire de que a reunião de C.S.C. estava cancelada. Violet confecciona rapidamente um drag chute para que o barco de Carmelita aterrisse com segurança ao ser jogado do edifício. Juíza Strauss tenta deter os Baudelaire para não fugirem no barco, mas Sunny amigavelmente morde a sua mão e faz com que ela os deixe partir. O barco flutua em segurança até o oceano, e os Baudelaire partem em direção ao horizonte desconhecido, no mesmo barco - literalmente - que o conde Olaf.

Personagens[]

Personagens introduzidos[]

Personagens reaparecendo[]

Carta ao leitor[]

A carta de Lemony Snicket ao leitor, na parte de trás do livro, é a seguinte:

Caro Leitor,
Se este é o primeiro livro que você encontrou enquanto procurava o próximo livro para ler, então a primeira coisa que precisa saber é que este livro próximo-ao-último é o que você deve pôr de lado primeiro. Infelizmente, este livro apresenta a crônica próxima-à-última da vida dos órfãos Baudelaire, e é próxima-à-primeira em sua oferta de miséria, desespero e desprazeres.
Provavelmente as coisas próximas-à-última a respeito das quais você gostaria de ler são um lançador de arpões, um salão de bronzeamento em uma cobertura, duas iniciais misteriosas, três trigêmeos não identificados, um notório vilão e um curry insípido.
As coisas próximas-à-última são as primeiras a serem evitadas, portanto permita-me recomendar que você ponha este livro próximo-ao-último de lado primeiro, e encontre alguma outra coisa para ser a próxima a ler, para que este livro próximo-ao-último não se torne o último livro que você lerá.
Respeitosamente,
Assinatura
Lemony Snicket

Dedicação à Beatrice[]

Para Beatrice —
Ninguém conseguiu extinguir o fogo do meu amor,
nem o da sua casa

Prenúncio[]

Imagem final[]

Na imagem final de O Penúltimo Perigo, é possível o conde Olaf e os Baudelaire navegando no barco para longe da costa, deixando para trás um enorme rastro de fumaça.

Carta ao editor[]

A carta de Lemony Snicket ao editor, no final do livro, é a seguinte:

Ao meu amável editor,
O fim está próximo.
Respeitosamente,
Assinatura

Curiosidades[]

  • O motorista de táxi que falou com os Baudelaire é, muito provavelmente, o próprio Lemony Snicket.
  • Neste livro, Esmé Squalor menciona Beatrice Baudelaire: "Beatrice roubou o açucareiro de mim!" (p. 197) Beatrice é a mulher para quem Lemony Snicket dedica seus livros.
  • Quatro frases de C.S.C. foram utilizadas: "Aqui o mundo é sereno", "Você é quem eu penso que é?", "Não percebi que era uma ocasião triste" e "Não são muitas as pessoas que têm a coragem de ajudar em um esquema como este.".
  • Fernald e Fiona são mencionados neste livro. O conde Olaf diz que eles o traíram e roubaram o seu submarino.
  • O sobrenome de Frank, Ernest e Dewey, "Dénouement", traduz "Desenlace" em francês, exatamente como o nome do hotel. Essa é uma possível referência ao desenlace de uma trama, ou seja, o momento final em que tudo se esclarece.
  • O nome de Dewey é uma referência ao Sistema Decimal de Dewey, que também é como todo o hotel é organizado.
  • Menciona-se que o autor Richard Wright fez a pergunta insondável "Quem sabe quando algum ligeiro choque perturbando o delicado equilíbrio entre ordem social e aspiração sequiosa, fará com que desmoronem os arranha-céus de nossas cidades?" Esta pergunta refere-se à obra "Filho Nativo" do escritor citado.
  • Dewey mencionou que a sua seção favorita do Sistema Decimal Dewey era o "020", que é a ciência da informação e as bibliotecas.
  • Em certo momento, Sunny diz "Henribergson" como uma resposta ao sr. Poe, que refere-se ao filósofo francês Henri Bergson.
  • Sunny usa a palavra "Scalia!" para tentar dizer "Não me parece que a interpretação literal faça algum sentido". Essa é uma referência ao juiz da Suprema Corte dos EUA, Antonin Scalia, famoso por fazer uma interpretação muito literal da lei.
  • Sunny diz a palavra "Efharisto" em resposta a Dewey, que elogiou suas habilidades culinárias. Isto traduz-se "Obrigado" em grego.
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