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O Hospital Hostil
O Hospital Hostil
Informações do livro
Série

Desventuras em Série

Autor

Lemony Snicket

Ilustrador

Brett Helquist

Tradutor

Ricardo Gouveia

Editora

Companhia das Letras

Lançamento

28/01/2004

Páginas

232

ISBN

9788535904512

.

O Hospital Hostil é o oitavo livro da série Desventuras em Série, escrito por Lemony Snicket.

Sinopse[]

O oitavo livro começa com os órfãos Baudelaire, Violet, Klaus e Sunny, chegando no Armazém Geral Última Chance em fuga da polícia e dos moradores da cidade dos Cultores Solidários de Corvídeos, pois foram falsamente acusados de assassinar Jacques Snicket. No armazém, encontram o comerciante Milt que lhes oferece um café-da-manhã e permite-lhes enviar um telegrama para o sr. Poe pedindo ajuda, mas ele não responde. Um entregador de jornal, Lou, chega na loja e entrega O Pundonor Diário, o jornal que acusou os Baudelaire pelo assassinato de Jacques. Os irmãos veem-se obrigados a fugir do local, e entram na van dos Combatentes pela Saúde do Cidadão que passava por ali. Os combatentes não reconhecem os Baudelaire, e contam que estão indo visitar um hospital, e os órfãos seguem viagem.

Eles chegam ao Hospital Heimlich, um curioso hospital que tinha uma metade inacabada, e conseguem um emprego na Biblioteca de Registros, administrada pelo idoso Hal. Hal, cuja visão era fraca, acha que a aparência dos irmãos é familiar, e diz que se lembra do rosto deles em um arquivo sobre o incêndio Snicket. À noite, os Baudelaire são obrigados a dormir na metade inacabada do hospital onde é frio e úmido. Revendo as poucas páginas dos livros de lugar-comum que receberam de Duncan e Isadora Quagmire, eles descobrem a existência do dossiê Snicket, e acreditam que é esse o arquivo que Hal mencionou.

No dia seguinte, os Baudelaire armam um plano. Aproveitando-se da visão ruim de Hal, o enganam e roubam dele as chaves da biblioteca, deixando no lugar uma quantidade de grampos de papel retorcidos amarrados em uma fita. Pela noite, eles entram secretamente na biblioteca, e depois de procurar o dossiê em vários lugares, só encontram a sua décima terceira página, onde se lia:

Devido às evidências discutidas na página nove, os peritos agora suspeitam que possa haver de fato um sobrevivente do incêndio, mas seu paradeiro é desconhecido.

Junto da frase, o dossiê trazia uma foto do pai e da mãe dos Baudelaire, junto com Jacques Snicket e um homem desconhecido de costas, em frente o edifício da Avenida Sombria 667, um lugar onde os Baudelaire já haviam morado. Os Baudelaire pensam que o sobrevivente do incêndio pode ser um de seus pais.

Neste ponto, alguém força a fechadura da biblioteca e persegue os órfãos em meio às estantes de arquivos. Os Baudelaire reconhecem a voz de Esmé Squalor, a recente namorada vilanesca do conde Olaf. Sunny e Klaus conseguem escapar dela passando pela "via de informações", mas Violet é muito grande e fica presa, sendo assim, raptada por Esmé. Mattathias, que é na verdade o conde Olaf autodenominando-se o diretor de Recursos Humanos do hospital, informa ao hospital pelo interfone de que Klaus e Sunny estão à solta pelo prédio.

Klaus e Sunny passam a noite na metade inacabada do hospital, preocupados com a irmã mais velha. Na manhã do dia seguinte, eles se camuflam em meio aos Combatentes pela Saúde do Cidadão, e, em seguida, ouvem pelo sistema de intercomunicação de que uma operação de craniectomia seria realizada pela primeira vez em uma jovem garota. Os dois Baudelaire mais novos escondem-se em um closet de suprimentos e descobrem que Olaf e seus comparsas estão usando anagramas, disfarçando Violet sob o nome "Laura V. Bleediotie" (que é um anagrama de "Violet Baudelaire"). Klaus e Sunny se disfarçam como dois médicos para passarem despercebidos pelo hospital, usando jalecos e máscaras cirúrgicas que encontraram no closet, para encobrir sua verdadeira identidade. No caminho, eles se deparam novamente com Esmé, que estava carregando um facão afiado e enferrujado com o qual o conde Olaf os ameaçou quando estava disfarçado de Stephano, em A Sala dos Répteis. Esmé confunde-se e acredita que eles são as duas mulheres de cara branca (colaboradoras regulares de Olaf). Ela os leva até o homem de mãos de gancho e o homem careca e narigudo, que os leva a Violet, que estava desacordada em cima de uma maca. Logo, todos eles levam Violet para o Anfiteatro Cirúrgico para iniciar a operação.

Klaus e Sunny tentam atrasar o início da operação contando uma história da faca, quando Hal, esbaforido, entra no anfiteatro acusando-os de atear fogo na Biblioteca de Registros (que na verdade havia sido iniciado por Olaf, ou talvez, Esmé). Como se não bastasse, Esmé chega no Anfiteatro Cirúrgico junto com as verdadeiras mulheres de cara empoada e os delata.

Klaus e Sunny pegam a maca de Violet e ela acorda, e eles fogem. A pessoa de sexo indeterminado tentará pegá-los enquanto os Baudelaire fogem pelo hospital

As três crianças se escondem em outro closet que se parecia com o outro em que Klaus e Sunny estiveram. Violet usa uma lata vazia para falar pela janela, e toda a multidão que se aglomerava pelo jardim pensou que a voz viesse do interfone. Ela mandou todos se dirigirem até a metade inacabada do hospital, para desviar a atenção deles. A pessoa que não parece nem homem nem mulher chega até a porta do closet e começa a esmurrá-la, e os Baudelaire já começavam a sentir a fumaça entrando pelas frestas. Os Baudelaire usam uma corda confeccionada por Violet que utilizava muitos elásticos amarrados uns nos outros e saltam pela janela do closet, do segundo andar do hospital.

Os Baudelaire praticamente não conseguem ver mais nada por causa do fogo no hospital. Eles ouvem Olaf gritando para seus comparsas para colocarem os disfarces no porta-malas e entrar em seu carro. Antes que o porta-malas seja fechado, os Baudelaire se escondem lá dentro, escapando com Olaf, Esmé e os comparsas, exceto a pessoa de sexo indeterminado que foi queimada até a morte. Os Baudelaire conseguem respirar normalmente no porta-malas, pois há buracos de bala na lataria devido a alguma perseguição policial.

Há teorias que dizem que Lemony Snicket esteve no hospital no dia em que as crianças estavam lá, pois na lista de pacientes do hospital estava o nome Monty Kensicle, que é um codinome para Lemony Snicket. 

Na lista de pacientes, além de Lemony, existem outros pacientes cujos seus nomes ultilizam codinomes: Lisa N. Lootnday- Alison Donalty (Designer das capas do livro.) Linda Rhaldeen- Daniel Handler, Eriq Bluthetts- Brett Helquist (Ilustrador do livro), Al Brisnow- Lisa Brown- Esposa do Daniel Handler, Carrie E. Abelabudite- Beatrice Baudelaire, Laura V. Bleediote- Violet Baudelaire, Ruth Dercroump- Rupert Murdoch (Dono da editora HarperCollins), Ned H. Rirger- Red Herring.

Carta ao leitor[]

A carta de Lemony Snicket ao leitor, na parte de trás do livro, é a seguinte:

Caro Leitor,
Antes de atirar no chão este livro horroroso e se afastar dele tanto quanto possível, talvez seja melhor entender por que você deve fazer isso. Este é o único livro que descreve até o último detalhe a miserável estadia das crianças Baudelaire no Hospital Heimlich — e isso faz dele um dos livros mais tenebrosos do mundo.
Existem muitas coisas agradáveis de ler; este livro não contém nenhuma delas. Em suas páginas, há elementos lamentáveis, tais como um desconfiadíssimo dono de armazém, uma cirurgia desnecessária e fatal, um sistema de intercomunicadores, anestesia, balões em forma de coração e uma notícia muito surpreendente sobre um incêndio. É claro que você não vai querer ler sobre essas coisas.
Jurei pesquisar esta história e escrevê-la o melhor que pudesse. Portanto, é natural que eu saiba que este livro deve ser largado agora mesmo no chão, onde provavelmente você o encontrou.
Respeitosamente,
Assinatura
Lemony Snicket

Dedicação à Beatrice[]

Para Beatrice —
O verão sem você é frio como o inverno. O inverno sem você é mais frio ainda.

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Imagem final[]

Imagem final de O Hospital Hostil

Na imagem final de O Hospital Hostil, podemos ver Violet, Klaus e Sunny amontoados dentro do porta-malas do carro de Olaf, em meio a várias bugigangas. Aos pés de Violet, há um panfleto escrito "Madame Lulu", juntamente com uma bola de cristal, dando uma pista do próximo livro: O Espetáculo Carnívoro.

Carta ao editor[]

A carta de Lemony Snicket ao editor, no final do livro, é a seguinte:

Ao meu amável editor,
Espero que esta carta não tenha sido mutilada pelo feroz e mortífero
[...] em que estou escondido agora. mil trezentas e dezenove milhas e meia [...] do restaurante onde o senhor celebrou o seu mais recente aniversário [...] possa então trocar (numa lavanderia ou joalheria das proximidades) para com um bigode comprido. Ela lhe dará o manuscrito completo de O CARNAVAL CARNÍVORO, juntamente com uma sacola contend[...] – que, sob nenhuma circunstância, deverá ser consertado – é o últi[...] dos Baudel[...] um esboço de Chabo, o Bebê-Lobo, e madame Lulu ou, pelo menos, o que restou no [...] Lembre-se, o senhor é a minha última esperança de que as histórias dos órfãos Baudelaire sejam finalmente contadas ao grande público.
respeitosamente,
Assinatura
Lemony Snicket

Curiosidades[]

  • Emma Bovary, uma paciente do hospital, refere-se a uma personagem de mesmo nome no romance "Madame Bovary", de Gustave Flaubert.
  • Clarissa Dalloway, uma paciente do hospital, refere-se a uma personagem de mesmo nome no romance "Mrs. Dalloway", de Virginia Woolf.
  • Cynthia Vane, uma paciente do hospital, refere-se a uma personagem de mesmo nome no romance "As Irmãs Vane", de Vladimir Nabokov.
  • Em certa parte do livro, o autor menciona um amigo seu, o sr. Sirin, um lepidopterologista (pessoa que estuda borboletas). "Sirin" foi um pseudônimo precoce de Vladimir Nabokov, que também era um lepidopterologista.
  • Klaus menciona duas pessoas reais nesse livro: Mikhail Bulgakov, um romancista e dramaturgo russo, e Haruki Murakami, um escritor e tradutor japonês.
  • O nome do Hospital Heimlich é uma alusão ao médico americano Henry Heimlich, creditado como inventor da manobra de Heimlich.
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