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O Escorregador de Gelo
O Escorregador de Gelo
Informações do livro
Série

Desventuras em Série

Autor

Lemony Snicket

Ilustrador

Brett Helquist

Tradutor

Ricardo Gouveia

Editora

Companhia das Letras

Lançamento

25/11/2004

Páginas

280

ISBN

9788535905755

.

O Escorregador de Gelo é o décimo livro da série Desventuras em Série, escrito por Lemony Snicket.

Sinopse[]

O décimo livro começa com os órfãos Baudelaire, Violet e Klaus despencando por uma íngreme montanha abaixo em um trailer fora de controle, enquanto Sunny Baudelaire estava nas garras do conde Olaf, subindo com ele pela montanha de carro, junto dos cúmplices. Violet consegue rapidamente inventar um método para reduzir a velocidade do trailer e eventualmente pará-lo usando as redes de dormir como um drag chute (espécie de paraquedas). Klaus vai à cozinha e mistura uma enorme quantidade de ingredientes pegajosos, e despeja a mistura nas rodas do trailer. Quando o trailer finalmente para, à beira de um precipício, os Baudelaire tentam pegar algumas coisas que poderiam ser úteis, mas logo saltam para fora do trailer e este cai pelo precipício. Violet e Klaus decidem subir a montanha a pé, sem nada nas mãos a não ser algumas roupas, um espelho de mão, um jarro, uma faca de pão e um uquelele.

Os dois irmãos sobem a montanha e logo são atacados pelos ferozes mosquitos da neve. Eles encontram abrigo dos mosquitos em uma caverna, que também está sendo ocupada por um grupo de crianças autodenominado Escoteiros da Neve. Carmelita Spats, a menina esnobe e pouco amigável que os Baudelaire haviam conhecido na Escola Preparatória Prufrock, é uma entre os escoteiros, junto com seu tio Bruce, o líder, e um menino vestindo um suéter. O garoto de suéter parece saber alguma coisa sobre C.S.C. e dá dicas disso para os dois Baudelaire. Quando todos estavam dormindo, o garoto os leva até uma chaminé, conhecida como Caminho Secundário das Chamas, para a base de operações de C.S.C.

Durante este tempo, no pico das Montanhas de Mão-Morta, o Monte Fraught, Sunny é mandada por Olaf. Ele a faz armar a barraca e dormir dentro de uma panela com pano de prato como cobertor. Na manhã seguinte, ele a obriga a cozinhar sozinha o café-da-manhã. Ela faz uma deliciosa refeição, mas Olaf acha nojento e diz ao homem de mãos de gancho para pegar um salmão na queda d'água. Um casal, descrito como tendo uma horripilante "aura ameaçadora", chega e anuncia que conseguiram incendiar a base de operações de C.S.C. Eles são chamados pelo narrador de mulher com cabelo mas sem barba e homem com barba mas sem cabelo. Eles também dão ao conde Olaf o dossiê Snicket, depois de parabenizá-lo pelo incêndio no Parque Caligari. O homem dá um "cigarro" verde à Esmé Squalor, que é na verdade um dos Cilindros Sempre-verdes Combustíveis. Sunny vê o dispositivo fumacento e tem a ideia de usá-lo para acender uma fogueira e assar um salmão, mas realmente só queria tentar mandar um sinal a seus irmãos pela fumaça verde.

Enquanto isso, lá embaixo, os irmãos e o garoto chegam na base de C.S.C. e a encontram totalmente destruída pelo fogo. O menino revela-se sendo Quigley Quagmire, o trigêmeo Quagmire há muito tempo dado como morto. Violet, Klaus e Quigley veem a nuvem de fumaça verde de Sunny saindo do pico da montanha. Violet, usando o uquelele e os garfos que havia pegado no trailer, inventa um dispositivo para ela e Quigley subirem o penhasco íngreme para descobrir quem mandou o sinal, e Klaus fica na biblioteca da base para tentar achar algum papel importante que não ficou totalmente queimado. Durante um descanso em uma borda do penhasco, Quigley parece expressar um interesse romântico por Violet. Neste ponto, Lemony Snicket explica para o leitor que Violet teve pouca privacidade em sua vida, e que ele irá permitir que Violet mantenha algumas coisas para si mesma. Algumas especulações implicam que os dois se beijam. Ele retoma o livro quando Quigley e Violet terminam a sua subida e reencontram Sunny no topo. Violet quer que Sunny volte imediatamente com eles, mas ela se recusa, dizendo à irmã que pode espionar Olaf e aprender informações úteis. Depois de Sunny dizer "Não sou mais um bebê", sua maior frase dita até aí, Violet concorda.

Quando Violet e Quigley voltam à sede, veem que Klaus descobriu um código escondido na geladeira, o Colóquio Secreto Criostático. Juntos, eles descobrem que os voluntários de C.S.C. se reuniriam no último lugar seguro dali a uma semana, numa quinta-feira. Também veem pela primeira vez as misteriosas iniciais J.S., e pensam que elas querem dizer Jacques Snicket.

Os três criam um plano para atrair Esmé até eles, prendê-la e usá-la como isca para forçar Olaf a devolver Sunny. Eles cavam um buraco profundo e acendem um Cilindro Sempre-verde Combustível ao lado. Esmé vê a fumaça verde lá embaixo, e desce até lá, pensando a fumaça é um cigarro e os cigarros estão in. Após um momento de consciência, os Baudelaire e Quigley impedem Esmé de cair na armadilha, pois não queriam chegar a ponto de serem tão violentos e parecidos com Olaf. Todos eles sobem de volta até o cume da montanha.

Ao chegar no topo, veem que os Escoteiros da Neve estão lá também. No entanto, há uma armadilha que pode colocar todos os escoteiros em uma grande rede. Klaus, Violet e Quigley tiram suas máscaras para convencer os escoteiros a fugirem dali rápido. O conde Olaf ordena que às duas mulheres de cara branca que joguem Sunny do penhasco, mas elas se voltam contra ele e afastam-se da montanha, deixando todos espantados. Todos os Escoteiros da Neve são sequestrados na rede, "dirigida" por águias treinadas, e voam para longe, exceto por Carmelita Spats, que é convencida a juntar-se a Olaf em seus esquemas malignos. Quigley e os três irmãos Baudelaire pegam um trenó e deslizam abaixo pelo escorregador de gelo, no meio do caminho o trenó perde a direção e começa a levá-los à sua armadilha cavada para Esmé. Violet tenta parar o trenó com a faca de pão, mas em consequência disso, todo o gelo se rompe, causando uma enorme cachoeira. Os Baudelaire e Quigley são separados para afluentes opostos. Quigley tenta dizer-lhes para encontrá-lo em algum lugar, mas não consegue ser ouvido sob a torrente de água.

Personagens[]

Personagens introduzidos[]

Personagens reaparecendo[]

carta ao leitor[]

A carta de Lemony Snicket ao leitor, na parte de trás do livro, é a seguinte:

Caro Leitor,
Assim como apertos de mão, cães e cenouras cruas, muitas coisas são melhores quando não são escorregadias. Neste volume, receio que Violet, Klaus e Sunny Baudelaire enfrentem um amontoado de escorregadelas durante sua lamentável jornada pelas Montanhas de Mão-Morta.
Seria melhor não mencionar os desagradabilíssimos detalhes da história — em especial uma mensagem secreta, um tobogã, uma armadilha, um enxame de mosquitos da neve, um vilão maquinador de planos maléficos, um bando de jovens organizados e o sobrevivente de um terrível incêndio.
Para meu grande azar, dediquei minha vida a registrar a triste história dos Baudelaire. Mas não há razão para você também se dedicar a uma atividade tão ignóbil; seria melhor deixar este livro escorregar de suas mãos para dentro de uma lixeira ou de um poço bem fundo.
Respeitosamente,
Assinatura
Lemony Snicket

Dedicação à Beatrice[]

Para Beatrice —
Quando nos conhecemos você
tinha a beleza e eu, a solidão.
Agora, só tenho uma bela solidão.

Prenúncio[]

Imagem final[]

Na imagem final de O Escorregador de Gelo, é possível ver Violet usando um poncho e Sunny num pedaço do trenó de madeira, boiando pela água, Violet está segurando a mão de Klaus, que caiu na água, e Quigley é visto bem ao longe, em cima de outro pedaço de madeira, erguendo alto no ar o seu livro de lugar-comum. Nas rochas da costa da montanha pode-se enxergar alguns cogumelos crescendo, dando uma pista do fungo venenoso do próximo livro: A Gruta Gorgônea.

Carta ao editor[]

A carta de Lemony Snicket ao editor, no final do livro, é a seguinte:

Ao meu amável editor,
Peço desculpas pelo estado aquoso desta carta, mas receio que a tinta tenha se diluído, uma expressão que aqui significa "misturar-se à água slgada do mar e às lágrimas do autor".
Tem sido difícil continuar a investigação sobre o que aconteceu aos Baudelaire enquanto viveram num submarino arruinado, e tudo o que posso esperar é que o resto desta carta não acabe sendo totalmente lavado pelas águas.
Meu próximo livro, que vai...

Curiosidades[]

  • CM. Kornbluth, um instrutor de mecânica de C.S.C. mencionado, é nomeado em referência ao escritor de ficção científica Cyril M. Kornbluth.
  • Quando Violet, Klaus e Quigley estão subindo o Caminho Secundário das Chamas, o autor menciona que o mastro de metal que uma vez esteve lá foi removido por um camarada dele, a fim de construir um submarino. Esta pode ser uma referência ao próximo livro da série, A Gruta Gorgônea, em que os Baudelaire residem em um submarino descrito como sendo feito de vários tubos diferentes.
  • Violet menciona que usou o "nó Sumac", um tipo de nó que ela mesma inventou e deu o nome de uma cantora que ela gosta. Esta é uma referência à cantora peruana Yma Sumac.
  • Enquanto Olaf está insultando Sunny, ela diz "Busheney", o que literalmente queria dizer "Você é um homem mau que não se preocupa nem um pouco com as outras pessoas". A palavra de Sunny é uma combinação de Bush e Cheney, em uma possível crítica política por parte do autor.
  • Quando Quigley e os Baudelaire tentam encontrar uma maneira de escapar do Monte Fraught, Sunny grita "Rosebud!", levando-os a usar o trenó para deslizar pelo tobogã de gelo. Esta é uma referência ao filme "Cidadão Kane". "Rosebud" é a primeira e a última palavra no filme, bem como o nome de um trenó que Kane possuía quando era criança.
  • Em várias ocasiões, Sunny usa a palavra "Matahari" para dizer que pode espionar o conde Olaf e sua trupe. Mata Hari foi uma famosa espiã holandesa durante a Primeira Guerra Mundial.
  • Em certo ponto, Sunny fala "Babaganuche" que literalmente significava "A berinjela acabou provando ser mais útil do que eu pensava". Esta é uma referência ao prato árabe Baba Ganoush, onde a berinjela é um ingrediente.
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