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A Cidade Sinistra dos Corvos
A Cidade Sinistra dos Corvos
Informações do livro
Série

Desventuras em Série

Autor

Lemony Snicket

Ilustrador

Brett Helquist

Tradutor

Ricardo Gouveia

Editora

Companhia das Letras

Lançamento

21/07/2003

Páginas

232

ISBN

9788535903928

.

A Cidade Sinistra dos Corvos é o sétimo livro da série Desventuras em Série.

O livro começa com os órfãos Baudelaire, Violet, Klaus e Sunny, sentados no escritório do sr. Poe, olhando para O Pundonor Diário (um jornal repleto de mentiras sobre os Quagmire e o conde Olaf). O sr. Poe dá aos irmãos Baudelaire um folheto com o nome de várias cidades, pois decidiu que permitirá uma cidade inteira ser tutora dos Baudelaire, através do programa É preciso uma cidade para educar uma criança. Depois de percorrer a lista, os irmãos naturalmente escolhem a cidade C.S.C., uma sigla que os irmãos Duncan e Isadora Quagmire descobriram que fazia parte de um terrível segredo, de alguma forma relacionado com o conde Olaf.

Baudelaires chegando à cidade

As crianças partem para a desconhecida cidade C.S.C. em um ônibus. Infelizmente, a parada de ônibus é vários quilômetros longe de C.S.C., e as crianças têm de caminhar uma enorme distância, até chegarem à cidade, que logo veem que é coberta por corvos. Eles entram na Prefeitura e conhecem o Conselho dos Anciãos, um grupo de idosos que praticamente "mandam" em tudo na cidade. O conselho também proclama que os Baudelaire vão ter de fazer todas as tarefas domésticas para toda a aldeia. A partir do próximo dia, eles serão responsáveis ​​por qualquer coisa que algum morador lhes pedir para fazer. Eles também conhecem a oficial Luciana, a nova chefe de polícia. Os irmãos são, então, enviados para viver com Hector, o factótum que irá morar com eles em sua casa, além de os ajudar nas tarefas, e ensinar-lhes todas as inúmeras regras de C.S.C. Os irmãos descobrem o que realmente quer dizer a sigla C.S.C. da aldeia: Cultores Solidários de Corvídeos. Também ficam sabendo que os corvos que moram na cidade ficam na "cidade alta" no período da manhã, "cidade baixa" à tarde, e à noite dormem na Árvore do Nunca Mais, que fica no quintal da casa de Hector.

Hector os leva até a sua casa enquanto anoitece. Os Baudelaire gostam dele, e veem pela primeira vez onde ele mora, a sua casa, o seu celeiro e a gigantesca Árvore do Nunca Mais, que àquela hora já estava com todos os corvos empoleirados em seus galhos. Klaus conta para Hector sobre os irmãos Quagmire, e menciona que Isadora gostava de escrever poesias, especialmente dísticos. Hector lhes mostra um pedacinho de papel, dizendo que o encontrou naquela manhã aos pés da Árvore do Nunca Mais:

Cá, por safiras, cativos estamos.
Hora após hora, em terror aguardamos.

Os Baudelaire concordam que só pode ser Isadora tentando mandar uma mensagem do lugar onde ela e Duncan estavam aprisionados. Os Baudelaire começam a confiar em Hector, e discutem bastante tempo com ele sobre os Quagmire.

No dia seguinte de manhã, os Baudelaire notam mais um dístico caído perto das raízes da árvore:

Até de manhã, não vai dar pra falar;
Fechado e tristonho há de o bico ficar.

Hector e os órfãos são mandados para fazer uma limpeza no Chafariz Corvídeo, uma fonte

Baudelaires limpando o chafariz

recentemente instalada na cidade. Durante a limpeza, um membro do Conselho dos Anciãos chega e afirma que eles encontraram o conde Olaf e o capturaram, e manda todos se reunirem imediatamente na Prefeitura. Quando os Baudelaire chegam ao local, percebem na hora que eles capturaram o homem errado, e não o conde Olaf - apesar de terem características muito semelhantes: o homem desesperado, que alega se chamar Jacques Snicket, também tinha uma sobrancelha única e a tatuagem de olho no tornozelo. Os irmãos tentam alertar aos integrantes do conselho, mas ninguém acredita neles. Em vez disso, aparece um detetive chamado detetive Dupin, e os Baudelaire percebem que na verdade, é ele que é Olaf disfarçado. O Conselho dos Anciãos decide que, no dia seguinte, queimarão Jacques (que eles pensam ser Olaf) na fogueira.

Pela noite, os Baudelaire constroem um plano. Sunny passa a noite vigiando a Árvore do Nunca Mais, para tentar descobrir de onde vêm os dísticos. Klaus fica lendo vários livros de regras de C.S.C. na biblioteca secreta localizada no celeiro de Hector. E Violet ajuda Hector a construir uma casa móvel auto-sustentável a ar quente, um balão que seria útil para eles escaparem.

De manhã, Violet e Hector estão com o balão a ar quente pronto para funcionar, Klaus descobre uma regra que permite que uma pessoa possa fazer um último discurso antes de ser queimada na fogueira, e Sunny descobre que os dísticos estão sendo enviados pelos próprios corvos, e à noite, eles se desprendem e caem no chão. Além disso, ela traz o novo poema de duas linhas:

A que antes se lê, contém uma pista,
Recurso inicial que o bandido despista.

Os Baudelaire vão até a praça, onde a fogueira de Jacques estava sendo pronta. No entanto, logo depois aparece o detetive Dupin sozinho, dizendo que ele havia sido assassinado à noite, na cadeia onde estava. Ele afirma que encontrou na cena do crime uma fita de Violet, óculos de Klaus e no corpo foram encontradas marcas dos dentes de Sunny. Os Baudelaire são rapidamente trancados por Olaf (ainda disfarçado de detetive) dentro de uma cela da cadeia, e ele lhes diz que antes de serem queimados na fogueira, um dos irmãos será sequestrado por ele, e lhes dá a chance de escolher quem vai sobreviver.

Mais tarde, a oficial Luciana vem e traz um pouco de água e pão, e Klaus percebe que é o seu aniversário de treze anos. Violet, depois de um pensamento rígido, acha que encontrou uma maneira de escapar da cadeia. Violet explica que os tijolos da parede da cela são unidos por argamassa. Ao inclinar o banco e despejar a água sobre a parede, o pão vai agir como uma esponja, absorvendo a água. Eles espremem o pão no topo do banco inclinada, que corre pelo banco até a parede, e finalmente desce pela parede até o pão, já colocado na posição certa. Eles fazem isso durante a noite inteira. De manhã, Hector aparece sorrateiro e lhes diz que se eles conseguirem fugir, ele deixará o balão a ar quente pronto para decolar. Hector também lhes traz o dístico diário:

Isto é o que o olho nas letras já vê:
Zás! Seus amigos, e C.S.C.

Eles releem todos os dísticos, tentando decifrá-los:

Cá, por safiras, cativos estamos.
Hora após hora, em terror aguardamos.
Até de manhã, não vai dar pra falar;
Fechado e tristonho há de o bico ficar.
A que antes se lê contém uma pista,
Recurso inicial que o bandido despista.
Isto é o que o olho nas letras já vê:
Zás! Seus amigos, e C.S.C.

Eles percebem que as safiras mencionadas só podem ser as safiras Quagmire, joias que os trigêmeos tinham para herdar. Eles descobrem também que os trigêmeos só podem estar na "cidade alta", pois "Até de manhã, não vai dar pra falar", e os corvos ficam na "cidade alta" pela manhã. Finalmente, notam que AI MEU CU "inicial" referida nos dísticos não eram iniciais como C.S.C., mas sim a inicial de cada um dos versos, que, juntos, enunciam "CHAFARIZ". Os irmãos Baudelaire, que conseguiram umedecer a argamassa da parede, usam o banco como um aríete para finalmente fugirem da prisão. Eles correm até o Chafariz Corvídeo e conseguem abrir o bico da estátua, revelando dois assustados e molhados Quagmire.

Cidadãos com suas tochas

Os Baudelaire e os Quagmire correm, tentando chegar até o celeiro de Hector, onde ele estaria esperando com o balão móvel. Os Quagmire contam que o conde Olaf os trancou na torre de sua casa, até que ele e seus capangas construíram o chafariz. Os Quagmire prendiam o dístico encharcado de água nos pés dos corvos todas as manhãs, e à noite, o dístico ficava seco e se soltava na Árvore do Nunca Mais. Neste ponto, os moradores e os membros do Conselho dos Anciãos os veem e começam a correr para tentar alcançá-los. Eles chegam até o celeiro, onde veem Hector dentro do balão a ar quente, sobrevoando baixo. Duncan e Isadora sobem no balão por uma escada de cordas, mas quando os Baudelaire estão subindo, a oficial Luciana aparece e atira um arpão com um lançador de arpões, arrebentando a corda e impedindo os Baudelaire de escaparem. Os Quagmire jogam seus livros de lugar-comum para os órfãos, mas eles são atingidos por outro arpão, juntamente com um corvo. Em seguida, o detetive Dupin acidentalmente se revela como o conde Olaf, removendo seus óculos escuros, e a oficial Luciana se revela como Esmé Squalor disfarçada. Olaf e Esmé fogem em uma motocicleta, e os moradores da aldeia tentam alcançá-los em vão.

Os Baudelaire decidem que não procurarão mais o sr. Poe, e que fugirão das autoridades agora que estavam sendo acusados injustamente pelo assassinato de Jacques. Sunny se levanta e começa a dar os seus primeiros passos, enquanto Klaus e Violet tentam juntar os fragmentos dos cadernos de Duncan e Isadora, que já estavam longe no balão.

Personagens[]

Personagens introduzidos[]

Personagens reaparecendo[]

Carta ao leitor[]

A carta de Lemony Snicket ao leitor, na parte de trás do livro, é a seguinte:

Caro Leitor,
Com certeza você pegou este livro por engano, portanto por favor ponha-o de lado. Ninguém em juízo perfeito leria intencionalmente um livro sobre a vida de Violet, Klaus e Sunny Baudelaire, pois cada momento tenebroso de sua permanência na cidade de C.S.C. foi registrado nestas páginas de modo fiel e assustador.
Não consigo pensar em uma única razão por que alguém abriria um livro que contém assuntos tão desagradáveis como corvos migrantes, uma turba irada, uma manchete de jornal, a prisão de pessoas inocentes, a Cela de Luxo e alguns chapéus muito esquisitos.
É minha solene e sagrada ocupação pesquisar cada detalhe da vida das crianças Baudelaire e pôr no papel. Mas você pode preferir fazer alguma outra coisa solene e sagrada, como ler um outro livro no lugar deste.
Respeitosamente,
Assinatura
Lemony Snicket

Dedicação à Beatrice[]

Para Beatrice —
Quando estávamos juntos, eu ficava sem fôlego.
Agora, foi você quem ficou.

Prenúncio[]

Imagem final[]

Na imagem final de A Cidade Sinistra dos Corvos, pode-se ver Violet e Sunny em segundo plano, sendo sopradas pelo vento. Em primeiro plano, aparece Klaus juntando alguns fragmentos dos cadernos de Duncan e Isadora. Um dos papeis é uma cópia do jornal O Pundonor Diário, com um anúncio escrito "última chance", dando uma pista do armazém do próximo livro: O Hospital Hostil.

Imagem final de A Cidade Sinistra dos Corvos

Carta ao editor[]

A carta de Lemony Snicket ao editor, no final do livro, é a seguinte:

AO MEU AMÁVEL EDITOR,
ME DESCULPE POR FAVOR PELA PALAVRA PONTO NO FIM DE CADA SENTENÇA PONTO. TELEGRAMAS SÃO O MEIO MAIS RÁPIDO DE ENVIAR UMA MENSAGEM DO ARMAZÉM GERAL DE ULTIMA CHANCE E EM UM TELEGRAMA PONTO EH O JEITO DE INDICAR UM PONTO FINAL NA SENTENÇA PONTO
NA PRÓXIMA VEZ EM QUE O SENHOR FOR CONVIDADO PARA UMA FESTA USE O SEU TERCEIRO MELHOR TERNO E FINJA TER NOTADO UMA PEQUENA MANCHA PONTO NO DIA SEGUINTE LEVE O TERNO AO TINTUREIRO PARA LAVAR A SECO PONTO QUANDO FOR BUSCAR O TERNO VAI RECEBER EM SEU LUGAR UMA SACOLA DE COMPRAS CONTENDO O MEU RELATO COMPLETO DAS SITUAÇÕES VIVENCIADAS PELAS CRIANÇAS BAUDELAIRE NESTA ÁREA INTITULADO "O HOSPITAL HOSTIL" JUNTO COM UM ALTO-FALANTE DE INTERCOMUNICADOR UMA DAS LAMPADAS ENVIADAS POR ENGANO A HAL E UM BALÃO EM FORMA DE CORAÇÃO QUE FOI ESTOURADO PONTO TAMBÉM VOU INCLUIR UM DESENHO DA CHAVE DA BIBLIOTECA DE REGISTROS PARA QUE O SR HELQUIST POSSA ILUSTRAR APROPRIADAMENTE PONTO.
LEMBRE-SE O SENHOR EH A MINHA ULTIMA ESPERANÇA DE QUE AS HISTORIAS DOS ÓRFÃOS BAUDELAIRE SEJAM FINALMENTE CONTADAS AO GRANDE PUBLICO PONTO
RESPEITOSAMENTE
LEMONY SNICKET
OBS MAIS TARDE O TERNO SERÁ REMETIDO DE VOLTA PARA O SENHOR PONTO

Curiosidades[]

  • Logo no início do livro, o sr. Poe recebe um telefonema de um homem chamado sr. Fagin, que é o mesmo nome de um personagem da obra "Oliver Twist", de Charles Dickens. Fagin diz à Poe que não vai aceitar ficar com os Baudelaire por causa de sua fama de encrenqueiros, o que é irônico, uma vez que no romance de Dickens, Fagin é um líder que ensinava crianças a serem ladrões.
  • Sr. Lesko, um morador da aldeia de C.S.C., tem o mesmo sobrenome que o autor americano Matthew Lesko, além do nome de uma cidade da Polônia.
  • O nome do detetive Dupin é uma referência a um personagem de Edgar Allan Poe, também detetive, C. Auguste Dupin.
  • Oficial Luciana, o nome do disfarce de Esmé Squalor, é provavelmente uma referência a uma personagem de "Catch-22", romance de Joseph Heller, que rasga um endereço que nunca poderá encontrar novamente, assim como Esmé rasga os cadernos dos Quagmire, que nunca poderiam ser reconstituídos.
  • A Árvore do Nunca Mais é uma referência à obra "O Corvo", de Edgar Allan Poe, onde um corvo ficava sempre repetindo: "Nunca mais! Nunca mais!".
  • Hector mencionou Ogden Nash neste livro, um poeta que escrevia dísticos.
  • Cinco declarações de Sunny, neste livro, são os nomes em inglês de espécies de pássaros: "Pipit", "[1]]", "Merganser", "Towhee", e "Vireo".
  • Sunny também usa a palavra "Scylla" para dizer que preferia morar na casa móvel do que ser queimada na fogueira. Scylla é o nome de um monstro marinho de Odisseia, e, curiosamente, também foi mencionado no livro anterior, O Elevador Ersatz.
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